O que é Visual Law e Legal Design?
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O que é Visual Law e Legal Design?
O Legal Design
Margaret Hagan, diretora do Legal Design Lab da Stanford Law School, afirma que o Legal Design “é a forma como avaliamos e desenhamos negócios jurídicos de maneira simples, funcional, atrativa e com boa usabilidade.” Ou seja, o Legal Design não é somente um conceito, mas também, uma maneira inovadora de encarar fluxos jurídicos.
Além disso, Margaret desenhou a “Pirâmide do Legal Design” que compreende o Legal Design como um grande conjunto, no qual encontramos uma escala de técnicas em formato de pirâmide. Da base para o topo, há: design de sistema, design organizacional, design de serviço, product design e visual law.
Design de sistema
É o design de sistemas complexos, que tem como objetivo gerar valor, auxiliar pessoas e possuir bom funcionamento.
Design organizacional
Práticas de design que auxiliam na produtividade de advogados
Design de serviço
Práticas de design que geram uma melhor experiência para quem utiliza o processo legal
Product design
Ferramentas que auxiliam na conclusão de tarefas
Visual Law
Design de documentos através de explicações visuais.
Legenda: Projeto desenvolvido pelo Villa Visual Law Studio para a TIM Brasil.
Legenda: Pirâmide do Legal Design de Margaret Hagan
O Visual Law
Nessa pirâmide proposta por Hagan, o Visual Law se localiza no topo, como uma técnica refinada que utiliza a intersecção entre design, tecnologia e Direito.
O Visual Law é basicamente uma técnica que tem como objetivo transformar a comunicação jurídica, deixando-a mais acessível e eficiente. Isso quer dizer que, ao invés de utilizar uma comunicação extremamente técnica e que afasta quem não faz parte da área jurídica, a linguagem será adaptada para o seu público final, assim como terá o apoio de ilustrações e técnicas de facilitação visual.
É extremamente importante que a técnica siga um fluxo bem definido que consiste em uma ideia, seguida de um rascunho, protótipo e uma aplicação. Todas as etapas levam em conta os clientes internos e externos, algo que Hagan definiu por “human centered by design”.
O processo, portanto, é quando os objetivos são alinhados e o projeto é testado a fim de avaliar sua eficiência.
Com isso, bons projetos não são somente bonitos, coloridos e ilustrativos, e sim, bons comunicadores para o seu público.
Dados sobre Visual Law e Legal Design
Alguns dados são grandes estimulantes para as técnicas de Visual Law. Entre eles, 90% da informação processada por nosso cérebro é visual. 95% dos clientes B2B alegaram preferir conteúdos curtos e visuais de alto impacto. A maior parte das pessoas lê apenas de 20 a 28% das palavras em uma página.
Isso quer dizer que devemos abolir os textos? Na verdade, não. A ideia do Visual Law é considerar a forma com a qual as pessoas se comunicam e leem para criar conteúdos que realmente serão aproveitados e assimilados. Como exemplo, podemos citar o projeto desenvolvido para a TIM Brasil, cujo processo reduziu 33 páginas extensas de um contrato de aquisição de plano pós-pago, para 2 páginas concisas, sem perder nenhum conteúdo importante. Com isso, o cliente final estabelece uma relação de confiança, já que sua experiência de compra é otimizada.
Por fim, o Legal Design e o Visual Law representam uma tendência que veio para ficar. Diversos juízes têm utilizado o Visual Law em suas decisões judiciais, por meio de elementos visuais, QR Codes, hiperlinks e vídeos. A iniciativa tem tido boa recepção, a exemplo da citação do juiz Paulo Henrique Tavares da Silva, titular da 5ª Vara do Trabalho de João Pessoa: “É algo para ganhar tempo, já que a lógica hoje não é mais voltada para o papel. É linguagem visual, não só para processos, mas também para petições, privilegiando a síntese e objetiva das ideias através de recursos gráficos e visuais”.
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